quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Liberdade

A autocaravana (AC) permite-me uma certa liberdade. Experiencio um imenso prazer ao conduzi-la. Para mim, o mais importante não é para onde vou, antes quando vou.

Adoro conduzi-la, deleito-me a olhar descansadamente para o mar, o rio ou uma qualquer paisagem que me atraia.

Gosto de aí cozinhar, comer ou apenas dormir. Para mim, representa uma esplêndida forma de descansar.

Quando me cruzo com ACs na estrada, olho-as como se as quisesse sentir, como se não tivesse nenhuma, como se fosse uma primeira vez.

Um pouco de história

Desde sempre gostei de viajar e de conhecer outros países. Mas foi desde que adquiri a primeira autocaravana (AC) que verdadeiramente tomei o gosto pelas viagens.
A minha primeira AC era uma Benimar Europe, de cinco lugares. Era espaçosa, mas havia um problema: tinha um salão enorme, que era necessário transformar em cama todas as noites. E isso para mim representa uma maçada. Gosto da AC pela relação entre o que se ganha (visitar e conhecer) e o conforto que se tem, ou seja, tudo vem lá dentro arrumado, sem ser necessário trazer malas cheias de bagagem. Eu também me considero uma pessoa complicada porque gosto de levar tudo comigo, em viagem, o que implica roupas, malas, sapatos, etc, numa normal viagem de avião ou ida para hotel. Os inconvenientes são muitos, passando pelo excesso de peso e incómodo de transportar as malas e sacos, até ao facto de ter de passar a ferro a roupa amachucada.
Este inconveniente não existe quando viajamos em autocaravana. Levamos menos roupa, mais prática e é um tipo de turismo que não exige (pelo menos a mim) que estejamos todos aprumadinhos. Claro que sempre levamos uma roupa melhor ou uns sapatos mais na moda, mas tudo o resto é prático e informal. Há muitos anos caímos na asneira (ainda não sabíamos) de levar roupa boa, eu própria levei as melhores calças que tinha e de que tanto gostava. A AC foi assaltada em frente a uma esquadra da polícia, em Valência e o que encontrámos foi verdadeiramente aterrador - parecia saído de um filme daqueles em que entramos em casa e temos as gavetas todas revolvidas e a roupa e os haveres todos no chão. O meu pai tinha levado uns binóculos, novos, comprados em Ayamonte e para os conservar melhor levou-os na caixa. Escusado será dizer que até foram melhor acondicionados, com caixa e tudo.
No meio de tanto azar até tivemos muita sorte porque tínhamos levado connosco a nossa cadelinha, na altura apenas tínhamos aquela. E houve algo que me fez voltar atrás a buscá-la e ainda bem...
Estamos sempre a aprender e dessa vez aprendemos, entre outras coisas, que devemos sempre levar coisas velhas, nomeadamente, a roupa e os sapatos. Tírámos outra ilação que foi a de que temos de nos valer a nós próprios, é inútil esperar ajuda ou solidariedade das autoridades. Quando fomos apresentar queixa na tal esquadra, em frente da AC, foi-nos dito: - Então em Portugal não há também assaltos a espanhóis?! Perante isto e outras situações que entretanto nos foram acontecendo, tirámos um ensinamento, pelo qual pagamos quando não o temos em consideração. A saída de Portugal é feita de manhã, o mais cedo que nos for possível e a paragem faz-se apenas em território francês, nem que isso signifique conduzir mais de 1200 Km num dia.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Países visitados em autocaravana

  • Portugal
  • Espanha
  • França
  • Mónaco
  • Alemanha
  • Holanda
  • Bélgica
  • Itália
  • San Marino
  • Luxemburgo
  • Suíça
  • República Checa
  • Eslovénia
  • Eslováquia
  • Liechtenstein
  • Áustria
  • Hungria
  • Polónia